segunda-feira, 4 de outubro de 2010

"Antes beber a cicuta que trair meus princípios!"

Sócrates condenado. Momentos antes de beber a cicuta.

Desde o início dos anos 1980-1990, pesquisas tem se empenhado em estudos sobre as implicações ou impactos da realidade educacional brasileira, no trabalho docente, bem como as políticas de compensação, a proletarização, a desvalorização e depreciação da categoria . Hoje, encontramos variadas pesquisas na área da saúde e claro, na área da educação que constatam a presença de alguns sintomas da Síndrome de Burnout no comportamento de profissionais envolvidos diretamente com as pessoas. E diz aí, qual desses profissionais é com certeza uma das "vítimas" facéis a serem atingidas pelos sintomas dessa síndrome?
Isso mesmo! Acertou: Professoras e professores!

Porém, o conhecimento aliado a busca de uma vida recheada de projetos e a consciência de que somente o trabalho coletivo poderá mudar o cenário educacional, se traduzem em fortes aliados para que possamos realizar o trabalho docente de forma tranquila e equilibrada. Pois, professoras e professores são seres deste mundo e não ETS de filmes americanos que transfiguram sua imagem como pessoas desapegadas de família, seres solitários (sem relacionamentos) ou solteirões e solteironas que fazem da profissão ainda o seu sacerdócio. Pode crer isso não condiz com a realidade.
Você já prestou atenção?
A produção de filmes que buscam ideologicamente eternizar a imagem do professor, deseja nos passar sempre essa fantasia de mau gosto. Lembro de filmes bem interessantes: O sorriso de Monalisa, A Língua das Mariposas, Sociedade dos poetas mortos, Mentes perigosas, Ao mestre com carinho, Escritores da liberdade etc. A imagem do professor ou da professora é sempre de um ser sem seus pares: parecem distantes da união da categoria, lutam solitariamente por seus (as) alunos (as), não teem "amores" e se tem parecem assim...mal resolvidos, sei lá. Poxa! Que chato! Não queremos ser concebidos assim por nossos pares! Somos reais, vivemos nas circunstâncias reais deste mundo, enfrentamos nossas condições objetivas e subjetivas todos os dias!
Somos Pessoa em plenitude! Em tudo que envolve a totalidade do SER!
E temos certeza a professora e o professor se eterniza quando é parte de um todo que transforma não só a realidade do(a) aluno(a), mas antes, a SUA PRÓPRIA ATIVIDADE DOCENTE!

Vamos lá, vamos lá!


Um grande abraço a vocês amigas e amigos!
Bom dia e bom trabalho!
Cheirinhos pra vocês!

Professora Luciana.

2 comentários:

  1. É... amiga.
    Ponderando sobre seu comentário no meu post: "A unanimidade é..."...
    A realidade política em que vivemos é bem diferente daquilo que idealizamos...
    Serra ou Dilma, fulano ou sicrano no Congresso... tais cidadãos dentro da esfera do poder, infelizmente não possuem a ótica essencial para reger o país. As pessoas ideais estão em outras ocupações mais nobres, assim como você, na educação, como professora, na labuta diária, vivenciando a triste realidade da grande maioria das crianças de nosso país...

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  2. Eu li em algum lugar que o "verdadeiro quadro negro da educação é o salário do professor"... Ok. Isso é um FATO nacional... Então nos dizem para procurarmos outras coisas... ok. Isso é uma possibilidade. Mas esquecem-se de que somos seres com ideais, com paixão pelo que fazemos e com genuína dedicação buscamos a promoção do conhecimento e disseminação da cidadania. Ok. Contudo somos PESSOAS INTEGRAIS e não pela metade. Assim como na história, muitas versões deturpadas sobre este ou aquele fato acabam no esquecimento... deixemos que "digam, que falem... afinal, não estamos fazendo nada a mais do que VIVER verdadeiramente e realizando o que nos é confiado com propriedade e responsabilidade e este é o ponto que muitos não compreendem. Como ser tão capaz e tão mal remunerado? Como ser excelente sem isolar-se para estudar o tempo todo? Dúvida cruel. Mas nós sabemos como é, estamos na luta diária e amaos isso, assim como também amamos a nós mesmos, amamos os que nos cercam, amamos nossos filhos, nossa família, nosso par, nossos amigos, nossos alunos... e isso é inerente ao ser humano. Só depende de nós a promoção da mudança... ela começa dentro de nós.
    Um beijo grande e este post é ótimo!
    Dagui

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