sábado, 11 de dezembro de 2010

Amor Líquido, segundo Zigmunt Bauman.


As coisas e as pessoas...
Estive pensando sobre isso nesses dias de muito trabalho e aprendizado! Acumular coisas... ter ambições! Quais são as ambições que nos impulsionam para continuar a cada dia... vivendo a plenitude de ser humano!
Com franqueza, acredito que precisamos das ambições!Ambições que nos contagiam e nos revelam cada vez mais...HUMANOS!
É claro, que com as mudanças, a evolução em todas as instâncias, o que é importante é estarmos atentos ao que realmente é necessário.
Assim, vamos aprendendo.



“É uma lei da vida humana,
tão certa como a lei da gravidade: 
 para vivermos plenamente, precisamos aprender
A usar as coisas... E amar as pessoas..                                                           
não amar as coisas e usar as pessoas.”
 John Powell, escritor inglês.
          Os relacionamentos em geral, estão sendo tratados como mercadorias. Se existe algum defeito, podem ser trocadas por outras, mas não há garantia de que gostem do novo produto ou que possam receber seu dinheiro de volta. Hoje em dia os automóveis, computadores ou telefones celulares em bom estado e em bom funcionamento são trocados como um monte de lixo no momento em que aparecem versões mais atualizadas. E assim acontece com os relacionamentos, não gostou, pode trocar, assim ninguém sofre. Também existem os relacionamentos de bolso, do tipo que pode-se usar e dispor quando for necessário e depois tornar a guardar para ser utilizado numa outra ocasião.
A sociedade atual está criando uma nova ética do relacionamento, os relacionamentos estão cada vez mais fragilizados e desumanos. A confiança no próximo está cada vez mais próxima de terminar definitivamente. Os seres humanos estão sendo usados por eles mesmos. Ex: vaso de cristal, na primeira queda, quebra. As relações terminam tão rápido quanto começam, as pessoas pensam terminar com um problema cortando seus vínculos, mas o que fazem mesmo é criar problemas em cima de problemas.
A definição romântica do amor, está fora de moda. O amor verdadeiro em sua definição romântica, foi rebaixado a diversos conjuntos de experiências vividas pelas pessoas, nas quais referem-se utilizando a palavra amor. Noites avulsas de sexo são chamadas de “fazer amor”. Hoje é muito fácil de se dizer “eu te amo”, pois não existe mais a responsabilidade de estar mesmo amando, a palavra amor foi rotulada de uma forma, em que as pessoas nem sabem direito o que sentem, não conseguem definir uma diferença entre amor e paixão, por exemplo, e mesmo assim utilizam incorretamente esta palavra, que perdeu sua importância.
Como diz Zigmunt Bauman, “Amar é querer “gerar e procriar”, e assim o amante “busca e se ocupa em encontrar a coisa bela na qual possa gerar”... não é ansiando por coisas prontas, completas e concluídas que o amor encontra o seu significado, mas no estímulo a participar da gênese dessas coisas. O amor é afim à transcendência...”
           Os seres humanos têm medo de sofrer e pensam que não mantendo uma relação estável e duradoura, irão parar de sofrer ou diminuir a dor, trocando de parceiros, amigos, namorados, noivos, amantes, etc. O sofrimento e a solidão é o principal problema para as pessoas. Os seres humanos estão sendo ensinados a não se apegarem a nada, para não se sentirem sozinhos. A nossa sociedade moderna, não pensa mais na qualidade, mas sim na quantidade, quanto mais relacionamentos eu tiver, melhor, quanto mais dinheiro tiver, melhor. O consumismo é muito grande e as pessoas compram não por desejo ou necessidade, mas por impulso e isso ocorre também nas relações humanas.
Outro problema que está na sociedade atual é a insegurança. Para sentirem-se seguras, as pessoas preferem se “encontrar” pela internet do que pessoalmente, assim, quando quiserem, podem apagar o que haviam escrito, ou simplesmente “deletar” (apagar) um contato e facilmente dizer “adeus”. Para as pessoas de hoje sentirem-se seguras precisam ter sempre uma mão amiga , o socorro na aflição, o consolo na derrota e o aplauso na vitória e isso nem sempre iria ocorrer caso tivessem as mesmas pessoas ao seu lado. No momento em que o outro não lhe dá a segurança que tanto precisa, logo o mesmo é esquecido e substituído.
Pelo que pude compreender a modernidade líquida são os avanços tecnológicos que influenciam muito o ser humano em suas relações de um modo geral e o amor líquido representa justamente esta fragilidade dos laços humanos, a flexibilidade com que são substituídos. É um amor criado pela sociedade atual (modernidade líquida) para tirar-lhes a responsabilidade de relacionamentos sérios e duradouros, já que nada permanece nesta sociedade, o amor não tem mais o mesmo significado, foi alterado como algo flexível, totalmente diferente do seu verdadeiro significado de durabilidade e perenidade.
Publicado em: abril 06, 2010  

Olá! Quanta saudade!
Um final de semana brilhante!
Cheirinhos pra vocês!!!
Luciana.

Um comentário:

  1. Estou passando para desejar uma feliz natal, que Deus te ilumine na sua jornada e 2011 nós possamos ter mais paz neste mundo.

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